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Ministro confirma Enem



28 / 08 / 2009
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Novo adiamento das provas chegou a ser discutido, mas foi descartado por questões logísticas. No país, 24 das 55 universidades federais vão usar o teste em sua seleção

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está confirmado para 3 e 4 de outubro. O Ministério da Educação (MEC) havia acenado com a possibilidade de cancelá-lo por causa da gripe suína, mas, ontem, em entrevista ao programa Bom dia, ministro, Fernando Haddad confirmou a data. Segundo ele, por uma questão logística é difícil prorrogar a aplicação das provas, que já foram adiadas por cinco semanas em função das especificidades do novo teste. Nas edições anteriores, elas ocorreram em agosto. O Enem custará R$ 100 milhões aos cofres do MEC. “São milhares de salas de aplicação de provas pelo país, em quase 2 mil municípios. O número de inscrições definitivas já está emitido, as locações prontas e os alunos receberão em casa as informações com o local do exame”, afirmou.

O ministro procurou tranquilizar os estudantes em relação ao nível de dificuldade da prova. “A pessoa que estuda para o vestibular está mais do que preparada para o Enem. A matriz de conteúdos é uma parte do vestibular e a memorização e a decoreba saíram do exame. O que vai se exigir é muito mais raciocínio e capacidade analítica. Isso não se aprende em uma semana a mais ou a menos, se adquire ao longo do ensino médio ou não. O aluno não tem que se preocupar em memorizar fórmulas e aqueles conteúdos exigidos em vestibulares tradicionais”, disse.

Foram quase 4,5 milhões de inscrições para o novo Enem. Segundo o ministro, quase 40% das universidades federais aderiram ao exame este ano. Elas vão usar as notas como seleção única, na primeira fase ou como componente da nota final. O prazo para que todas as instituições federais de ensino superior façam a adesão é 2011, quando o vestibular tradicional deve ser sepultado. A ideia é que as universidades estaduais também adotem a nota da nova prova para selecionar os alunos. Haddad ressaltou que o Brasil está 100 anos atrasado e mencionou o exemplo dos Estados Unidos, que acabou com o vestibular em 1900 para criar um exame chamado SAT (Scholastic Aptitude Test), hoje usado na maioria das universidades norte-americanas.

Os estudantes que farão o Enem em outubro vão se submeter a uma maratona de dois dias de provas, em um total de 180 questões. No primeiro dia, os alunos fazem testes nas áreas de ciências da natureza e ciências humanas. No dia seguinte, será a vez de conferir os conhecimentos em matemática e linguagens e códigos, além de uma redação. A prova foi totalmente reformulada para se aproximar do currículo do ensino médio. “O Enem tinha dois problemas. O primeiro é que não cobria o currículo do nível médio e era uma prova acanhada. Por isso, as universidades não usavam, pois não confiavam no exame. Segundo é que as notas não eram comparáveis de um ano para outro e os níveis de dificuldade variavam. Agora, cobre um conteúdo maior, ao mesmo tempo sobrecarrega menos e possibilita ao professor aprofundar o debate em sala de aula”, ressaltou o ministro. Segundo levantamento feito pelo MEC, 24 das 55 universidades vão usar a nota do exame para substituir o tradicional vestibular e 11 instituições vão aproveitar o teste no lugar da primeira fase do processo seletivo. Em Minas, apenas a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) não vai usá-lo este ano, mas a reitoria estuda adotar o Enem a partir de 2011. Os futuros participantes do exame podem conhecer a estrutura dos testes. Um simulado com 40 questões está disponível no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), órgão ligado ao MEC (www.inep.gov.br).

Fonte: Estado de Minas

Junia Oliveira

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