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Durante a abertura do seminário "O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) – resultados e desafios", o ministro da Educação Fernando Haddad afirmou que o grande marco do PDE é o foco no planejamento e gestão da educação por estados e municípios. Haddad destacou o apoio técnico e financeiro dado pelo Ministério da Educação (MEC) para que os sistemas de ensino possam cumprir seus planos de ações articuladas (PAR), necessário para a adesão ao PDE

“Isso é ainda mais importante que a avaliação por escola e fixação de metas, o que também é imprescindível para que a escola possa se situar e melhorar a qualidade de ensino”, disse.

O evento organizado pelo Observatório da Educação, da Ação Educativa tem por objetivo realizar balanço e avaliação do PDE. “Quando houve o lançamento, tivemos um sentimento positivo em relação ao novo protagonismo do MEC na educação, o que era muito esperado. Mas houve tensão por conta de problemas em relação á viabilidade de articulação dos entes e pelo plano ter surgido sem diálogo amplo com a sociedade”, destacou Maria Malta Campos, presidenta da Ação Educativa.

O ministro também ressaltou a mudança do olhar para a educação básica, compreendendo-a em seu todo, não apenas o ensino fundamental. Ele destacou medidas relacionadas à creche, educação infantil e ensino médio. “A educação básica deve ser vista no conjunto. Com o Fundeb, há uma mudança de conceito, de paradigma, não apenas do financiamento. Os programas de apoio foram expandidos para toda educação básica”, afirmou. O ministro considera outro acerto a ampliação da rede federal de ensino médio, por “criar um paradigma da qualidade e interface com estados. O ensino médio foi relegado a quinto plano num passado recente”.

Para promover a articulação entre União e demais entes federados, a assinatura do PAR pressupõe um conjunto de ações a serem desenvolvidas com apoio do MEC, além da prestação de contas. Haddad afirmou que isso fortalece o comprometimento de governantes com ações de longo prazo e vindas de gestões anteriores.

O ministro também destacou a atuação do MEC no ensino superior, pela ampliação da rede federal e de cursos de licenciatura, além das avaliações e apoio à rede privada. “É preciso ter visão de conjunto para reforçar elos entre educação profissional, superior e básica, com indicadores transparentes para a sociedade acompanhar”, disse.

Haddad falou ainda sobre a necessidade de acolher e valorizar o professorado e sobre o diálogo com a sociedade civil. “Tivemos ações complementares do PDE, como o Brasil profissionalizado e a bolsa de iniciação à docência, que surgiram do diálogo com a sociedade”, ressaltou, destacando, por fim, o avanço no tratamento da questão da diversidade, como o olhar para a educação da pessoa com deficiência, agora com financiamento dobrado.