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10 / 11 / 2009
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O Ministério da Educação, que este ano já sofrera um revés quando vazou o conteúdo das provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), voltou a ter problemas, domingo último, no Exame Nacional de Desenvolvimento do Estudante (Enade), o ex-Provão.

Instrumento de avaliação da qualidade do ensino superior brasileiro, ao Enade se submeteram, em todo o país, mais de um milhão de universitários. O exame é obrigatório; quem deixa de fazê-lo, não pode ser diplomado. Por isso, é desde o início alvo de protestos dos estudantes. Além dos protestos, foram detectadas várias falhas, este ano. Mais de cem mil estudantes se inscreveram no Estado. Um grupo de alunos da UFMG não conseguiu fazer as provas por falta de folhas de resposta. Em outros lugares, houve atrasos e trocas de provas. Estudantes que fizeram o Enade reclamaram da falta de objetividade das perguntas em relação a seus cursos. Algumas perguntas eram muito subjetivas, admitindo várias respostas. É o caso de uma pergunta relativa ao presidente Lula, cujo primeiro nome foi inscrito com S e não Z.

Mas nada se compara ao vazamento de provas, que voltou a acontecer, alguns dias antes do exame. O fato é tão mais grave porque o governo marcou para 5 e 6 de dezembro as novas provas do Enem. O MEC está correndo um sério risco de perder completamente a credibilidade. Parece que a empreitada não está sendo levada a sério. Em vez de zelar, em primeiro lugar, pela eficiência da administração pública, o governo busca obter ganhos políticos. Imagina-se quanto capitalizaria se o primeiro Enem tivesse sido bem-sucedido. O tamanho da empreitada derrotou o governo. O Enem teria caráter nacional, valendo como vestibular para muitas universidades. Com o vazamento das provas, milhares de estudantes foram prejudicados, com várias instituições desistindo da nova prova por falta de tempo. Educação não pode servir para o marketing político do governo ou de políticos.

Fonte: O Tempo

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