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Apesar de problemas no Enem, reitores das federais estão 'tranquilos'



11 / 12 / 2009
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Abstenção recorde de mais de 37% (ou 1,5 milhão de candidatos), gabarito divulgado errado e uma questão anulada antes da aplicação da prova não comprometem a credibilidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na opinião de Alan Kardec Martins Barbiero, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). No primeiro dia de exames, houve tumultos em alguns locais de prova de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e Manaus. Estudantes relataram ter recebido endereço errado para fazer o exame. Após o furto das provas na gráfica em outubro, que resultou na remarcação do exame para dezembro, algumas universidades federais desistiram de adotar o resultado do Enem no seu processo seletivo. No total, das 55 federais, 37 vão usar a nota de alguma forma.

“Há uma tranqüilidade por parte dos reitores em relação à aplicação do Enem. No entanto, é um processo que, por estar na sua primeira edição, imagino que haverá uma evolução e, no próximo ano, estará mais consolidado”, afirmou Barbiero ao G1. Nesta quarta e quinta (10), os reitores participam de reunião da Andifes em Belo Horizonte. Segundo Barbiero, que é reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), apesar do vazamento, os reitores têm confiança na realização do Enem. “O MEC aumentou a segurança. Então, a percepção que a gente tem é de tranqüilidade. Da mesma maneira, vemos como um processo em construção, o que vai requerer aperfeiçoamento. Mas há uma tranqüilidade muito grande em relação ao sistema. A confiança que nós tínhamos no MEC se consolida por conta de todo o empenho, esforço e mobilização feitos.”

Provas - Sobre as provas em si e o seu grau de dificuldade, ele afirma que não houve uma conversa específica sobre esse aspecto entre os reitores. Professores de cursinhos pré-vestibulares apontaram questões com problemas ou tom enviesado. “Não houve esse nível de impressão trocado. Nesse momento, o que foi analisado foi algo mais macro, que seria a garantia do sucesso do Enem para o processo que está em curso. No entanto, pelo que eu li e até onde tive conhecimento, isso não compromete o Enem para ser descartado como uma possibilidade de avaliação do ensino médio nem para seleção das universidades.” Em relação à adequação do exame para selecionar candidatos para carreiras concorridas, como medicina, ele afirma que as provas devem ser alvo de avaliação das pró-reitorias de graduação das universidade. “Não analisei a prova, mas será objeto de discussão e análise das universidades e provavelmente da nossa associação, mas nesse momento não tivemos tempo de fazer isso. Acredito, porém, que sejam pontos relevantes que devem ser levados em consideração num processo em construção para fazer adequações e aperfeiçoamentos.”

Resultado - O presidente da Andifes afirmou que o Ministério da Educação (MEC) ainda não confirmou a data em que o Sistema Unificado de Seleção (Sisu), pelo qual o estudante poderá escolher os cursos, vai entrar em operação. “Vai ser logo após a divulgação na primeira quinzena de fevereiro, porque devemos começar as nossas aulas em março. Como vai ser a primeira edição, a gente espera que ocorra dentro da normalidade, mas ainda é uma situação nova.” Segundo ele, a possibilidade aventada pelo MEC de aplicar um novo Enem em abril ainda não chegou até as universidades de forma oficial.

Fonte: Portal G1

Fernanda Calgaro

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