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Mudanças no currículo do ensino médio da rede estadual de ensino de Minas Gerais provocam polêmica. Estudantes, professores e pais questionam o sistema, que começou a ser implantado em 2008, em todo o estado. Agora, o aluno pode escolher algumas disciplinas, mas abre mão de outras.

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Este período de provas será também um teste para o novo currículo implantado em todas as 2.000 escolas no ano passado.

Para o segundo e o terceiro ano, os planos de estudo são divididos em três áreas: ciências humanas, biológicas e exatas. Cada aluno escolhe que matérias estudar. O objetivo é aumentar conhecimentos específicos e o interesse pelos estudos.

Essas mudanças foram implantadas por 220 escolas há cinco anos. O Colégio Estadual Central, na capital, foi uma delas. Entre os alunos, as opiniões se dividem. 

A medida também foi recomendada para escolas mantidas pelo governo, mas não gerenciadas pela Secretaria de Estado da Educação. 

Em uma escola, a grade curricular com as disciplinas distribuídas por áreas do conhecimento chegou a ser preparada para este ano, mas muitos alunos, pais e professores não aceitaram a mudança. A direção teve que manter o método de ensino tradicional. Até uma votação chegou a ser feita para definir o que seria a nova grade curricular.

Eduardo Mortimer, da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação, diz que a insegurança de pais e alunos é natural, mas que essa mudança pode ser o primeiro passo para melhorar o ensino. O especialista diz, no entanto, que a educação pública só terá qualidade se outras medidas forem implantadas. 

O último dado do Ministério da Educação sobre evasão escolar do Ensino Médio é de 2005. Naquele ano, de cada cem alunos, no país, dez abandonaram os estudos. O percentual, em Minas, foi praticamente o mesmo: 9,8%.