O mercado brasileiro de educação superior está fervilhando. Projetos de leis tramitando no congresso nacional, nos mais variados temas. Da proibição da reprografia nas instituições às novas formas de financiamento do ensino superior. Fusões, aquisições, reposicionamento são vistos a cada semana pelo país. O ensino a distância cada vez mais é uma aposta, ora para reduzir custos operacionais, ora para ser um diferencial de relacionamento com o aluno, ora tudo isso, de forma harmonizada, visando auxiliar o processo de produção e socialização do conhecimento em seus cursos. De acordo com o MEC, desde 2003 o crescimento da EAD foi superior a 685%.
Segundo dados dos SEMESP (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo) as instituições privadas respondem por 75% das matrículas de graduação presencial no país com 2239 instituições privadas.
Esse crescimento da oferta das IES privadas que, diga-se de passagem, auxilia o PNE (Plano Nacional para Educação) do Governo Federal, agora necessita de profissionalização das práticas de gestão administrativa e acadêmica, duas instâncias que não podem ser planejadas em separado.
As boas práticas de gestão desse segmento tendem a alinhar suas estratégias aos processos internos de suas áreas de negócio, apoiados pela tecnologia. A gestão “departamentalizada” dará lugar à gestão por processos, acadêmicos atrelados aos administrativos e vice-versa.
Um de nossos desafios agora é compartilhar com o mercado educacional brasileiro a importância de um modelo progressista de gestão, que gere resultado por meio do equilíbrio dinâmico entre o desenvolvimento de sua equipe, a infra-estrutura de apoio às práticas de gestão adotada e a qualidade do serviço prestado percebida pelo aluno, em âmbito acadêmico e administrativo.
Acompanhamos diversos momentos de transformação do mercado educacional brasileiro básico e superior. Nos primeiros anos da década de 90, quando imperava a reserva de mercado de informática, vivemos um paralelo ao que hoje vivenciamos.
Nessa época, quando iniciamos a comercialização de nossos sistemas, era muito difícil tangibilizar ao gestor da escola, leigo em informática em grande parte dos contratos, o valor do investimento em software. Como normalmente entregávamos uma solução completa (micro-computador, impressoras e sistemas) a direção queria saber “por que pagar pelo sistema que vinha dentro”. O entendimento era de que não justificava comprar um computador se não viesse com algum sistema embutido. “Era o mesmo que comprar um carro sem o motor” uma frase que muitas vezes ouvimos.
Nessa visão o computador era o bem tangível a ser comprado e quanto maior ou mais potente, maior era seu valor percebido. O software em si, propriedade intelectual, ainda não tinha conquistado seu valor.
Com o passar dos anos, o surgimento de grandes empresas produtoras de software, a popularização do MS-Windows 3.1 como sistema operacional pago e a economia de tempo na automação de tarefas, deu-se valor e reconhecimento ao conhecimento transformado em software.
Fazendo um paralelo, vivenciamos hoje algo semelhante quando nos referimos a software e processos de gestão. Embora o assunto processos já venha sendo discutido em outros segmentos há mais tempo, na educação ainda é recente ou em alguns casos ainda são desconhecidos os benefícios de usar uma forma inteligente de organizar as tarefas e, ao mesmo tempo, extrair o melhor do conhecimento disponível na equipe da instituição.
Esse é nosso desafio!
E você, já sabe o que GAM pode lhe ajudar na gestão de sua instituição de ensino?
Texto de Glauson Mendes